Mais de um ano e meio se passou e a Polícia Rodoviária Federal ainda não concluiu o inquérito que investiga se houve ou não falta de ação de dois policiais rodoviários no acidente envolvendo um Jaguar, que resultou na morte de três jovens mulheres.
Em fevereiro do ano passado, um motorista que seguia do Alto Vale com destino ao Litoral filmou o Jaguar andando em zig-zag na BR 470 e alertou o posto da PRF em Blumenau. O veículo passou pelo posto sem ser fiscalizado. Em Gaspar se envolveu na batida, após invadir a pista contrária.
O motorista do carro, Evanio Prestrini fez teste de bafômetro que deu positivo e foi preso em flagrante. Hoje ele aguarda em liberdade a data em que será submetido a júri popular.
A Polícia Rodoviária Federal abriu inquérito para apurar a conduta dos policiais e até agora não tem resultado. O chefe de comunicação da PRF de Santa Catarina, Luís Graciano, disse que foi criada uma comissão externa para a investigação e que a complexidade do processo deixa ele ainda mais lento.
Já a data para o júri popular de Evanio Prestini segue indefinida. A pandemia do coronavírus impede a realização de juris populares. O Conselho Nacional de Justiça chegou a apresentar um projeto de resolução para a realização destes julgamentos por videoconferência. Mas a intenção foi derrubada pela OAB do Brasil por entender que a medida viola a plenitude de defesa e a incomunicabilidade dos jurados, indispensáveis a um julgamento justo.