Em 20 dias, Santa Catarina registrou 64 mortes em primatas suspeitos de febre amarela. Os casos estão concentrados no Planalto Norte, em São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho, e no Médio Vale do Itajaí, nas cidades de Pomerode, Blumenau e Timbó. As mortes ainda estão em análise no Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, laboratório de referência para SC.
No ano passado, foram notificados 20 óbitos ao longo do mês de janeiro, porém nenhum deles foi confirmado para a doença.
Diante desse cenário, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, divulgou nesta segunda-feira, 20, uma nota de alerta. No documento, a diretoria pede que os profissionais de saúde fiquem atentos aos casos suspeitos da doença, orienta sobre a importância da vacinação e a notificação da morte ou adoecimento dos primatas.
Mortes por febre amarela em SC
Em 2019, duas pessoas morreram por febre amarela em Santa Catarina. O primeiro caso foi registrado em Joinville, no Norte do Estado. O paciente era um homem de 36 anos, que não havia se vacinado. O segundo óbito aconteceu no final de junho do ano passado. O paciente era um homem de 40 anos, morador de Itaiópolis, no Planalto Norte. Ele também não tinha registro de vacina.
Com relação aos primatas, foram notificadas, no ano passado, 353 mortes de macacos em 77 municípios. Dessas, seis tiveram a causa da morte confirmada por febre amarela. Os casos aconteceram em Garuva, Joinville, Indaial e Jaraguá do Sul.
Vacinação
A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se proteger é através da vacinação. Todas as pessoas com mais de nove meses devem receber a dose da vacina. De acordo com a Dive, até o momento, a cobertura vacinal no estado é de 84%.
Mortes de macacos no Vale do Itajaí em 2020
Blumenau – 7
Indaial – 1
Pomerode – 10
Rodeio – 1
Timbó – 1